imagem de políticos na câmara federal

Divisão de poder nas comissões da Câmara

Notícias

A nova distribuição das Comissões da Câmara equilibra forças entre governo e oposição, com o PL influente em áreas-chave e o bloco governista assegurando posições estratégicas.

Foto: Lula Marques/Agência Brasil

A convocação realizada pelo Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (REPUBLICANOS-PB), para instalação e eleição das 30 Comissões Permanentes revela uma distribuição estratégica de poder no Legislativo brasileiro.

Como sabemos, a ordem de chamamento das comissões é um retrato do resultado eleitoral daquela legislatura, assim, o Partido Liberal, se mantém como força dominante, conquistando a presidência de 5 comissões-chave, incluindo áreas sensíveis como Saúde, Segurança Pública, Relações Exteriores, Agricultura e Turismo. Esta concentração confere ao partido significativa influência sobre pautas importantes no Congresso.

O bloco governista também assegura posições relevantes, com o PT presidindo 3 comissões (Finanças e Tributação, Cultura, e Direitos Humanos), enquanto o União Brasil comanda outras 3, incluindo a estratégica Comissão de Constituição e Justiça (CCJC). Republicanos, PP, MDB, PSD e PV conquistaram 2 comissões cada, enquanto nove partidos menores (PCdoB, PDT, AVANTE, PSOL, Solidariedade, PSB, PSDB, PRD e Podemos) ficaram com uma presidência cada.

A distribuição reflete o atual equilíbrio de forças na Câmara, com as comissões divididas entre situação e oposição. Há uma grande expectativa da centralidade das comissões permanentes na análise dos projetos de lei, visto que, desde a COVID-19, o processo legislativo se concentrou no Plenário.

Este será um ano fundamental para o poder legislativo, com análise de projetos importantes, como reforma do imposto de renda e diversos temas econômicos já anunciados.

Saiba mais